Crise de percepção (ou perceção de crise)

28 de Outubro de 2008

Pesquisa do IBOPE demonstra que as classes C e D, em 5 capitais, já começam a ser influenciadas pela crise financeira mundial e a cortar gastos familiares. Veja mais informações em http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u461196.shtml

No entanto, o Banco Central tem demonstrado que não houve (ainda) redução na oferta e na concessão de crédito no país, em comparação com o ano passado, nem mesmo impacto na geração de emprego. Trata-se, portanto, de uma questão de percepção de risco, um conceito muito usual para investidores e que parece estar sendo “bem” compreendido pelos consumidores, mesmo de classes mais baixas.

O impacto da crise é indiscutível na disposição de consumo de todas as classes. O que preocupa, em especial, é o fato do crescimento brasileiro (e mundial) nos últimos anos ter se amparado, principalmente, nas classes mais baixas, o que poderia gerar um ciclo vicioso, negativo e indesejável no crescimento da nossa economia e na distribuição de riquezas em nosso país.

Vale questionar, portanto, qual o nosso papel como gestores para desestimular o desânimo inicial dos consumidores?

Qual a “agenda positiva” que podemos contruir neste cenário, tendo em vista que o Brasil tem uma condição privilegiada para enfrentar os desafios dos próximos anos?


Crise: é hora de sair às compras? (HSM)

22 de Outubro de 2008
Na última quarta-feira, dia 14, a notícia de que o ex-banqueiro André Esteves comprara a operação e os ativos no Brasil do Lehman Brothers pegou o mercado inteiro de surpresa. Ninguém esperava que, em meio a um panorama de pânico provocado pela crise financeira – comparada ao “crash” de 1929, alguém pudesse mergulhar em transações arriscadas e até mesmo sair às compras.

Muito embora, no mundo dos negócios, seja antiga a teoria de que é exatamente nos momentos de turbulência a hora de enxergar oportunidades. É comum as pessoas terem medo, sentirem-se acuadas. Mas, a história tem nos mostrado que os maiores conglomerados e impérios nasceram em períodos de crise econômica. E sabem por quê? Porque em vez de se recolherem ante a um cenário ameaçador, seus líderes foram visionários.

Leia o artigo na íntegra: http://www.hsm.com.br/editorias/economiaefinancas/Crise_hora_sair_compras.php?mace2_cod=1254&pess2_cod=110465&lenc2_cod=


“Buy American. I am” (Warren Buffet)

18 de Outubro de 2008

A crise no mercado financeiro global tem gerado um clima de cautela (quase desespero), estimulando empresas a cortarem custos, empregos e adiarem projetos de investimento, demonstrando uma aversão ao risco, como nunca vimos nos últimos tempos.

Em suma, um cenário de incertezas, escassez de recursos financeiros, perspectivas de desaceleração econômica, entre outros fatores, poderiam indicar um quadro pouco estimulante para a Inovação. Será?!

Na contramão do mercado, Warren Buffet, em seu último artigo publicado no New York Times voltou a defender uma atitude no sentido contrário ao movimento de massa verificado nos últimos dias, sugerindo a compra de ações de empresas americanas. Ele tem defendido: “Fique com medo quando os outros forem gananciosos; seja ganancioso quando os outros estiverem com medo”.

A opinião não é nova e tem sido acompanhada por muitos que concordam ver nesta “crise” uma “oportunidade” para novos ganhos. 

Da mesma perspectiva, Silvio Meira nos relembrou em seu blog a visão de Thomas Watson, à frente da IBM, no pós-1929, e que o tornou um dos mais bem pagos executivos dos EUA.

Você está preocupado ou excitado com o novo futuro? Como você vê o Brasil nesse novo cenário? O que tem tirado o seu sono: preocupações com o futuro ou novos projetos para “surfar essa onda”? Como sua organização está lidando com tudo isso?

Gostaríamos muito de ouvir suas opiniões e de, juntos, transformarmos esse blog em um espaço de reflexão, organização das idéias e inspiração para lidarmos da melhor forma com este novo cenário que nos apresenta.

Aguardamos ansiosos pelos seus pensamentos!