Pesquisa do IBOPE demonstra que as classes C e D, em 5 capitais, já começam a ser influenciadas pela crise financeira mundial e a cortar gastos familiares. Veja mais informações em http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u461196.shtml
No entanto, o Banco Central tem demonstrado que não houve (ainda) redução na oferta e na concessão de crédito no país, em comparação com o ano passado, nem mesmo impacto na geração de emprego. Trata-se, portanto, de uma questão de percepção de risco, um conceito muito usual para investidores e que parece estar sendo “bem” compreendido pelos consumidores, mesmo de classes mais baixas.
O impacto da crise é indiscutível na disposição de consumo de todas as classes. O que preocupa, em especial, é o fato do crescimento brasileiro (e mundial) nos últimos anos ter se amparado, principalmente, nas classes mais baixas, o que poderia gerar um ciclo vicioso, negativo e indesejável no crescimento da nossa economia e na distribuição de riquezas em nosso país.
Vale questionar, portanto, qual o nosso papel como gestores para desestimular o desânimo inicial dos consumidores?
Qual a “agenda positiva” que podemos contruir neste cenário, tendo em vista que o Brasil tem uma condição privilegiada para enfrentar os desafios dos próximos anos?